domingo, 4 de junho de 2017

Temer pensou em renunciar na noite em que áudio da JBS foi revelado


© Reuters Presidente teme processo de cassação da chapa presidencial e articula-se com aliados

O presidente Michel Temer (PMDB) pensou seriamente em renunciar na noite de 17 de maio, quando estourou a maior crise política do governo, após divulgado o conteúdo de uma conversa do líder do Planalto com o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Houve quem aconselhasse Temer a renunciar, considerando que seria ruim para a imagem dele e que ele corria o risco de sofrer um processo de impeachment caso não deixasse o cargo, agravando ainda mais a crise política no Brasil.

Por outro lado, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) acabaram por convencer o peemedebista a resistir e permanecer no cargo.

No dia seguinte, quinta-feira (18), o presidente se pronunciou em rede nacional e anunciou que não renunciaria, além de pedir que fosse feita uma perícia no áudio entregue por Joesley à Lava Jato.

"Por muito pouco, Temer não renunciou", afirmou um aliado ao Blog do Camarotti, no G1.

Agora, parece que o cenário mudou. Em reuniões recentes, Temer disse a aliados que não cogita mais a hipótese de renunciar ao cargo de presidente do Brasil, segundo revelado pelo jornalista Lauro Jardim no O Globo.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, teria abordado o tema, cuidadosamente, na última quarta-feira (31), quando os peemedebistas se encontraram, e Temer foi enfático em sua resposta: "Fique tranquilo, não vou renunciar, não vou sair. Vou recorrer até o fim. Se quiserem que eu saia, têm que me matar", enfatizou.

MSN.COM

Pesquisa com parlamentares sonda nomes para eleição indireta

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São Paulo – Uma pesquisa do Datafolhadivulgada hoje mostra que os parlamentares brasileiros estão divididos sobre a saída de Temer e não têm um nome favorito para uma possível eleição indireta.


A Constituição determina que se o presidente Michel Temer sair do cargo ou for afastado, seu sucessor será escolhido via eleição indireta em Colégio Eleitoral.

É grande a chance de que Temer não termine o seu mandato diante da crise política disparada pela delação dos executivos da JBS.

47% dos parlamentares ouvidos consideram que o presidente deveria sair. Dentro desse grupo, 36% defendem renúncia, 34% querem cassação no Tribunal Superior Eleitoral e 6% apostam em impeachment. Para 40%, o presidente deve ficar.

A pesquisa ouviu 275 deputados (54% da Câmara) e 36 senadores (44% daquela Casa) entre terça (30) e sexta (2).

61% deles não citam espontaneamente um candidato para eleição indireta e 15% não quiseram falar sobre a hipótese.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi citado espontaneamente por 9% dos parlamentares pesquisados.

Curiosamente, Maia não foi citado como candidato por nenhum senador mas chegou a 15% entre os deputados.

O ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram citados por 2% cada.

Em um segundo cenário, o Datafolha apresentou uma lista de possíveis candidatos para a eleição indireta.

Maia segue liderando com 13% seguido pelo ex-ministro Nelson Jobim (7%) e FHC, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o senador Alvaro Dias (PV-PR) – cada um com 5%. O senador Tasso Jereissati (CE), possível nome do PSDB para uma chapa, tem 4%.

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Em Brasília, vereador Cícero Martins anuncia apoio a Bolsonaro e critica preconceito da “esquerda que afundou o País”




CÍCERO MARTINS SERÁ UM DOS PRINCIPAIS CARROS-CHEFE DA CAMPANHA DE BOLSONARO EM NATAL

Eleito com cerca de 3.300 votos para o seu primeiro mandato como vereador em Natal, o advogado e dentista Cícero Martins (PTB) se reuniu esta semana, em Brasília, com o deputado federal Jair Bolsonaro, a quem declarou apoio a sua candidatura à presidência da República. Com isso, Martins torna-se o primeiro parlamentar potiguar a alavancar o projeto político de Bolsonaro no Rio Grande do Norte. O vereador petebista, que é crítico da “postura preconceituosa” dos partidos de esquerda, acredita que a faxina ética que o Brasil está passando, levará o País a viver dias melhores.


“Conversei bastante com Bolsonaro, e senti que ele é um grande cidadão, cristão, extremamente receptivo, sem demagogia e do bem, além de ser linha dura com a bandidagem e a favor de deixar o cidadão escolher se quer ou não andar armado. Será que se o estatuto do desarmamento não existisse, seríamos a cidade mais violenta do Brasil?”, questionou o parlamentar.

Ao longo da entrevista que concedeu ao BLOG DO FM, Cícero Martins deixou claro que não teme as eventuais críticas que políticos de esquerda venham a lhe dirigir, por conta de sua decisão de levantar a bandeira da candidatura de Bolsonaro no Rio Grande do Norte. “O Brasil está tão complicado, que quando você diz que vai votar em um candidato honesto, e que não é demagogo, muitas vezes, você é “descriminado” e recebe todo tipo de rotulação dessa esquerda que afundou nosso país”, assinala.


CÍCERO MARTINS: “CONVERSEI BASTANTE COM BOLSONARO, E SENTI QUE ELE É UM GRANDE CIDADÃO, CRISTÃO, ALÉM DE LINHA DURA COM A BANDIDAGEM”

Para Martins, os partidos de esquerda são na verdade preconceituosos, apesar de rotular seus adversários ideológicos de machista, homofóbico, transfóbico, misógino, fascista, entre outros adjetivos. “Eles rotulam tudo e todos e dizem que sofrem preconceito. Mas o que ocorre é exatamente o contrário. O que precisamos é unir nosso povo e não dividir. Estou com fé na faxina ética que o País está passando e que fará o Brasil sair melhor dessa crise política, moral, ética e econômica”, disse.

ELEITOR FICHA LIMPA

Durante a sua permanência em Brasília, Cícero Martins apresentou a Bolsonaro e a outros parlamentares um Projeto de Lei de iniciativa popular, de sua autoria, denominado “Eleitor Ficha Limpa”, que tem a finalidade de coibir a “venda do voto” nas eleições.

A matéria, para ser viabilizada, necessita de apoio de deputados federais de cinco Estados. “Surpreendi-me, com a receptividade do Projeto em Brasília. Até avaliamos a possibilidade de o introduzirmos na Reforma Política, com o apoio de três deputados, sendo um deles, o deputado Pauderney Avelino (DEM/AM).

PAUDERNEY AVELINO (DIR.) É UM DOS DEPUTADOS QUE VÃO APOIAR O PROJETO DE CÍCERO MARTINS (ESQ.)

Para massificar o seu projeto e permitir que a população vote pela sua aprovação, Cícero Martins já está desenvolvendo um aplicativo que vai garantir ao eleitor amplo acesso a iniciativa. “Vamos dar uma grande contribuição ao nosso País. Política se faz com atitude”, enfatiza.

Em Natal, Cícero já encaminhou cinco projetos na Câmara Municipal, entre eles o projeto da “Meia-consulta”, que trata de um convênio entre clínicas particulares e o município. Ele também está criando a “Frente Parlamentar de Fiscalização e Controle dos Recursos da Saúde”.

Blog do FM

PT aprova resolução para ‘blindar’ Lula em 2018

© REUTERS/Paulo Whitaker Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

BRASÍLIA - O 6.º Congresso Nacional do PT aprovou ontem uma resolução política que tenta blindar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em cinco processos por corrupção. A ideia inicial era aproveitar o evento para lançar a pré-candidatura de Lula ao Planalto em 2018, mas o próprio ex-presidente vetou o lançamento. A saída encontrada foi dizer que o PT “lutará para impedir que interditem o direito de Lula ser candidato”.

Com isso, segundo dirigentes petistas, o partido pretende criar uma blindagem a Lula pois, a partir de agora, se o petista for condenado pela Justiça, o PT poderá argumentar que a decisão é uma tentativa de interditar a candidatura do líder nas pesquisas de opinião.

O PT também aprovou boicote a um possível Colégio Eleitoral para escolher de forma indireta eventual substituto do presidente Michel Temer. O partido lançará, ainda, uma campanha pela convocação de diretas-já e vai pedir a antecipação das eleições não só para presidente como para a Câmara dos Deputados e o Senado.

Além disso, o projeto de resolução que passou pelo crivo do 6.º Congresso do PT propõe uma Assembleia Nacional Constituinte para realizar a reforma do Judiciário, regulamentar a mídia, promover mudanças tributárias e adotar “medidas de emergência” que revoguem iniciativas “antipopulares” do governo Michel Temer.

O Congresso do PT foi realizado de quinta-feira, 1º, até sábado, 03, em um centro de convenções em Brasília.

MSN.COM