RIO GRANDE DO NORTE

HISTÓRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
RN: A sua Casa, a Nossa Casa

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte a leste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste. Sua área total é de 52 796,791 km², ou 3,41% da área do Nordeste e 0,62% da superfície do Brasil. A população do estado recenseada em 2010 foi de 3 168 133 habitantes, sendo o décimo sexto estado mais populoso do Brasil.

A capital e maior cidade é Natal, sede da Região Metropolitana de Natal (RMN). Outras cidades importantes fora desta região metropolitana são Mossoró, Caicó, Assu, Currais Novos, Santa Cruz, Nova Cruz, Apodi, João Câmara, Touros, Canguaretama, Macau, Pau dos Ferros, Areia Branca, Baraúna, Goianinha, Santo Antônio, São Miguel, Parelhas e Jucurutu, que também são as maiores cidades do interior do estado. Ao todo, o estado tem 167 municípios.

Devido à sua localização geográfica e sua forma, o Rio Grande do Norte é conhecido como esquina do continente. Seu litoral, com uma extensão aproximada de 400 quilômetros, é um dos mais famosos do Brasil. Na economia, destaca-se o setor de serviços. Devido ao seu clima semiárido em parte do litoral norte, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de mais 95% do sal brasileiro.

Sua história se inicia a partir do povoamento do território brasileiro, quando houve uma onda de migrações para os Andes, depois para o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte. Ao longo de sua história, seu território sofreu invasões de povos estrangeiros, sendo os principais os franceses e holandeses. Após ser subordinado pelo governo da Bahia, o Rio Grande do Norte passa a ser subordinado pela Capitania de Pernambuco. Em 1822, quando o Brasil conquistou sua independência do Império Português, o Rio Grande do Norte passaria a se tornar província e, com a queda da monarquia e a consequente proclamação da república, a província se transforma em um estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão. O único potiguar que ocupou a presidência da República Brasileira foi Café Filho, que sucedeu a Getúlio Vargas quando este se suicidou. Sua atual governadora é Rosalba Ciarlini, eleita no primeiro turno das eleições estaduais realizadas em 2010.

O estado conta com uma importante tradição cultural, que engloba artesanato, culinária, esporte, folclore, literatura, música e turismo. Alguns dos times se futebol com sede no estado são o ABC, o Alecrim, o América. O Rio Grande do Norte é também sede de diversos eventos anuais, além de possuir diversos pontos turísticos, como o maior cajueiro do mundo (em Parnamirim), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno e o Centro de Turismo de Natal.
História

Antes da chegada dos europeus
A história do Rio Grande do Norte começa antes da chegada dos europeus ao continente americano. Não existem teorias comprovadas sobre como se deu o povoamento da América; a mais aceita afirma que o continente foi povoado quando povos primitivos vindos da Ásia através do Estreito de Bering atravessaram a América, na época em que o nível das águas dos mares havia baixado (glaciação) por as águas ficarem retidas nas geleiras (icebergs), fazendo surgir uma ponte que ligava a Ásia à América. Segundo alguns historiadores, foi por essa ponte que teriam passado os povos primitivos da América, há cerca de doze mil anos atrás.[5]


Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade na Chapada do Apodi.

Algum tempo depois, há 11 300 ou 9 000 anos atrás, estava começando o povoamento do território brasileiro. Os povos primitivos do Brasil teriam migrado para os Andes, depois o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte.[6] Inicialmente, o território potiguar era habitado por animais da megafauna. Algum tempo depois, o Rio Grande do Norte começa a ser povoado por caçadores e coletores primitivos. Alguns desses povos primitivos deixaram vestígios que se encontram atualmente nos sítios de Angicos e Matumba II. [7] Em alguns sítios arqueológicos, os habitantes primitivos deixaram rochas e vestígios de arte rupestre nas paredes das cavernas, desde inscrições até pinturas.[8] O significado desses vestígios ainda é discutido. O mais aceito afirma que as inscrições e desenhos não seriam manifestação artísticas, feitas para deleite espeiritual ou para representar o bela, mas sim instrumento de comunicação, que pretendia transmitir uma mensagem usando uma espécie de escrita muito diferente da atual. Segundo essas teorias, as grande dificuldades enfrentadas pelo homens para sobreviver não lhes proporcionava condições para praticar atividades viradas para o embevecimento espiritual.[8]

Na época próxima à descoberta do Brasil, o litoral potiguar era habitado por povos originários do território que corresponde ao atual Paraná e ao Paraguai. Esses povos falavam a língua abanheenga, língua aglutinada e com reflexões verbais. No interior, residiam os tapuias, povos indígenas que andavam totalmente nus, sem nenhuma cobertura, sem barbas e que depilavam todos os pelos existentes em seus corpos. As mulheres dessa tribo eram mais baixas que os homens e eram submissas aos seus maridos. As principais áreas habitadas por esses povos correspondem hoje às regiões do Seridó, Chapada do Apodi e zona serrana do Rio Grande do Norte.[9]

[editar] Chegada dos europeus
No final do século XV, a Europa sentia a necessidade de expandir seu comércio a outras partes do mundo. O comércio das especiarias, desenvolvido do Mar Mediterrâneo, era monopolizado por cidades da Itália, o que prejudicava o comércio nos demais países europeus, pois os produtos eram vendidos a preços muito altos. O primeiro país a usar uma rota marítima para o Oriente foi Portugal, em parte devido à sua localização geográfica no sudoeste europeu, um processo iniciado em 1415 com a conquista de Ceuta. Pelo fato de ninguém ter garantido o retorno das viagens à Europa, navegar nos mares e oceanos era uma aventura muito perigosa.[10] No final do século XV, Cristóvão Colombo pisa em território americano (1492).[11] Em 1494, é assinado o Tratado de Tordesilhas, entre Portugal e Espanha, no qual se determina que o mundo passaria a ser dominado por esses dois países.[12] Em 9 de março de 1500, uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral sai de Portugal e inicia uma viagem em direção às Índias. Em 22 de abril do mesmo ano, a esquadra avista um monte, batizado por eles de "Monte Pascoal", e chega do Brasil. Quatro dias depois, é celebrada a primeira missa. Nove dias depois, a frota de navios sairia em direção ao Oriente.[12] Estava assim oficialmente descoberto o Brasil, um acontecimento narrado em uma carta escrita por Pero Vaz de Caminha.[13]

Pesquisadores potiguares afirmam que a expedição de Pedro Álvares Cabral teria atingido pela primeira vez a praia de Touros, em 1500.[14]

A descoberta do Brasil ainda gera controvérsias. Para alguns historiadores, os espanhóis teriam chegado ao Brasil antes dos portugueses, afirmando que o território brasileiro foi descoberto pelo navegador Duarte Pacheco Pereira em 1498, quase dois anos antes da chegada de Álvares Cabral no Brasil.[15]

[editar] Século XVI



Capitanias do Brasil em 1534.
Em 1535, a então Capitania do Rio Grande foi doada pelo Rei João III de Portugal a João de Barros. A colonização resultou em um fracasso e dá-se a invasão dos franceses, começando o contrabando do pau-brasil. Os franceses dominaram a área até 1598. Nesse ano, os portugueses, liderados por Jerônimo de Albuquerque e Manuel de Mascarenhas Homem, com objetivo de garantir a posse das terras, constroem a Fortaleza dos Reis Magos.[16][17]

Após a expulsão dos franceses e a construção da fortaleza, faltava fundar uma cidade (Natal). Devido à destruição de documentos pelos holandeses, a história de fundação da capital potiguar foi perdida. O esforço dos historiadores potiguares para reconstituir esse acontecimento tem gerado controvérsias ao longo dos tempos.[18] Não se sabe ao certo quem fundou Natal. Uma das versões afirma que Natal foi fundada após Manuel Mascarenhas Homem ter designado Jerônimo de Albuquerque como comandante da fortaleza, que depois seguiria para a Bahia para prestar contas da missão desempenhada. Avanços de pesquisas já comprovaram que Mascarenhas não designou Jerônimo para poder exercer a função de capitão-mor do Rio Grande e que ele não se encontrava presente na data da fundação da cidade e, portanto, não pode ser considerado como fundador de Natal.[19] Porém, sabe-se que Natal foi fundada em 25 de dezembro de 1599. Outra hipótese afirma que Natal foi fundada por João Rodrigues Colaço, e depois da fundação teria sido celebrada uma missa no local que corresponde à atual Praça André de Albuquerque.[20]

[editar] Séculos XVII e XVIII e etimologia

A invasão holandesa no Brasil começa no começo do século XVII. Foi na Bahia que ocorreu a primeira tentativa de implantar uma colônia no Brasil pelos holandeses. Estes conheciam o Brasil e mantinham relações amistosas com os portugueses durante os reinados de João III, D. Sebastião e do cardeal D. Henrique. A situação mudou em 1580, quando Portugal passou a ter reis espanhóis e foram confiscados os navios flamengos próximos aos portos europeus, africanos, asiáticos e americanos sob domínio português e espanhol. Em 1625, a Bahia capitulou aos holandeses, quando Salvador, capital do Brasil Colônia na época, foi surpreendida por uma armada que chegou àquele local em 22 de março. Cerca de quarenta dias depois (1º de maio), Salvador foi libertada, mas os holandeses não desistiram do sonho de se apossarem do Brasil.[21] A invasão dos holandeses no Rio Grande do Norte ocorreu finalmente por volta de 1633/1634. Natal passou a ser chamada de Nova Amsterdã. Foi justamente nesta época que os documentos sobre a fundação de Natal foram destruídos, por isso há dúvidas sobre a fundação da cidade. Essas invasões preocupavam Portugal naquele momento. Devido à localização geográfica do Rio Grande do Norte, no ponto mais estratégico da costa brasileira, o rei retomou a posse da Capitania do Rio Grande, ordenando a construção de um forte com o objetivo de expulsar os holandeses, fato que ocorreu em 1654.[16]

Após ser dirigido pelo governo baiano, o Rio Grande do Norte passou a ser dirigido por Pernambuco, em 1701.[16]

Desde 1598, o Poder Executivo era exercido por um capitão-mor. No período da invasão holandesa, esse sistema havia sido extinto, sendo repromovido após a expulsão dos holandeses. O capitão-mor era um chefe nomeado por meio de um documento chamado Carta-Patente. Com exceção de João Rodrigues Colaço, que havia sido nomeado pelo governador geral do Brasil na época e confirmado posteriormente no cargo por um Alvará Régio, todos os demais capitães-mor foram nomeados por meio desta carta. Ao longo de sua história o cargo recebeu várias denominações, como Capitão-Mor do Rio Grande (1739) e Capitão-Mor do Rio Grande do Norte (que teria dado origem ao atual nome do estado), para diferenciar de outra capitania localizada no extremo sul da colônia. Existia, além do cargo executivo, o cargo de provedor de fazenda, responsável por receber os impostos. A partir de 1770, devido à morte e a algum motivo que o impedia de exercer a função, o capitão-mor foi substituído por uma junta. Na época, a capitania era formada por apenas um município: Natal. Outros foram surgindo depois, como São José do Mipibu e Vila Flor.[22] Já o poder judiciário tinha o ouvidor como representante máximo, antes nomeado pelos donatários das capitanias e depois, pelo próprio rei.[23]

A partir de 1817, a Capitania do Rio Grande do Norte aderiu à Revolução Pernambucana, onde uma junta do Governo Provisório se instalou em Natal. A rebelião fracassou e em 1822 o Brasil finalmente conquistaria a independência do domínio português que durava há três séculos. O Rio Grande do Norte passaria a see uma província do Império do Brasil naquele ano.[24]

Em 1824, ocorre a Confederação do Equador, dominada por tropas imperiais. Em 1° de dezembro daquele ano, era jurada a Constituição outorgada de 1824. Algum tempo depois, as atuais regiões Nordeste e Norte do Brasil estavam com a ordem imperial restabelecida.[25]

Alguns anos após o reinado de D. Pedro II, a monarquia brasileira passava por uma crise. A partir daí, começaram a surgir lutas pelo Brasil visando a instalação de uma república (campanha republicana). No Rio Grande do Norte, esse movimento era representado pelos partidos Liberal e Conservador, embora não houvesse unidade ideológica entre os dois. As divergências internas eram muito acentuadas, o que facilitaria o desenvolvimento da campanha pela substituição do regime monárquico no Brasil. Quem faria a contrapropaganda pelo Partido Conservador era o jornal "A Gazeta de Natal", enquanto que o "Correio de Natal" faria essa contrapropaganda para os liberais.[26] Finalmente, em 15 de novembro de 1889, é proclamada a república e o Rio Grande do Norte deixa de ser província e se transforma em estado. Dois dias depois, em 17 de novembro, Pedro de Albuquerque Maranhão toma posse como primeiro governador do estado.[16]

[editar] Séculos XX e XXI



Café Filho foi o primeiro e único potiguar a ocupar a presidência do Brasil após o suicídio de Getúlio Vargas.

Durante um período da história brasileira conhecido como "República Velha", o Rio Grande do Norte, assim como nos outros estados do Brasil, foi dominado por oligarquias.[27]

Naquela época, tanto a economia do Brasil quanto a economia do estado tinham um setor industrial insignificante. No contexto regional, o Rio Grande do Norte só possuia mais indústrias do que o Piauí e o Maranhão. Nesse setor, a indústria têxtil e alimentícia eram as mais predominantes. Já em relação ao sistema de finanças, foi apenas em 1909 que apareceu o primeiro sistema bancário, localizado na capital. A primeira agência do Banco do Brasil no estado só foi inaugurada em 14 de abril de 1917. Naquela época, quase toda a região do nordeste já possuía agências. Foi Juvenal Lamartine o personagem que deu as primeiras iniciativas a esse setor. Um exemplo ocorreu na criação de bancos rurais em alguns municípios do interior potiguar. Para facilitar o crédito, foram Ulisses de Góis e Jovino dos Anjos os responsáveis pelo aparecimento de cooperativas.[28]

Getúlio Vargas (centro) e Franklin Delano Roosevelt (à direita) - ambos de chapéu panamá - em Natal. Janeiro de 1943. Agência Brasil.

Devido à localização estratégica do estado, foi em Natal que se reuniram dois presidentes: o do Brasil, Getúlio Vargas, e o dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt. A partir daí, norte-americanos começaram a ocupar o território, culminando com a mudança de hábitos daquele município.[29] Essa presença também culminou com benefícios para o Rio Grande do Norte e estados do centro-sul do Brasil. Isso culminou com a instalação da primeira indústria brasileira, que ocorreu em Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro.[16]

Em 1945, Vargas se retira do poder e inicia-se a instalação de um período democrático no país. Em 1951, ele volta ao poder até que, em 24 de agosto de 1954, Getúlio comete suicídio, assumindo Café Filho, primeiro e único potiguar a ocupar a presidência.[30] A partir da década de 1970, com a descoberta do petróleo, a economia do estado começou a crescer. Hoje, é o segundo maior produtor de petróleo em terra do país. O turismo é um dos setores que mais crescem no estado. Governos recentes têm feito importantes mudanças no estado. Um exemplo ocorreu no governo de Garibaldi Alves, que elevou a irrigação como uma das metas prioritárias.[31]

Atualmente, o Rio Grande do Norte se divide em 167 municípios, tendo Natal como capital. A atual governadora é Rosalba Ciarlini, que exerce o cargo desde o 1° de janeiro de 2011.[32]

[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a nordeste da região Nordeste, tendo como limites os estados do Ceará a oeste, a Paraíba a sul, e o Oceano Atlântico a norte e a leste.[33] A área do estado é de 53 306 km²[34] (algumas fontes indicam 52 796,791 km²[35]), equivalente a 0,62% do território brasileiro,[34] onde 269,6046 km² estão em perímetro urbano.[36] A distância entre os pontos extremos norte-sul, localizados em Tibau e Equador, respectivamente, é de 233 quilômetros; enquanto isso, a distância entre os pontos extremos do leste (em Baía Formosa) ao oeste (em Venha-Ver) é de 433 km.[34]

Devido à sua localização geográfica no território brasileiro, o Rio Grande do Norte é conhecido como esquina do continente. É a unidade da federação mais próxima da Europa e da África.[37][38]

[editar] Relevo



Pico do Cabuji, em Angicos.
A maior parte do território potiguar (83%) está situada a altitude abaixo de trezentos metros de altitude, em relação ao nível do mar.[34] Destes, 60% está abaixo de duzentos metros. O quadro morfológico do estado é composto por terras baixas e por planaltos. Ao contrário do que ocorre nos estados da Paraíba e Pernambuco, o planalto penetra do Rio Grande do Norte desde as direção norte até o sul, com um afastamento para o litoral leste. Apenas a região próxima a Currais Novos possui planaltos com altitude superior a 800m. Seus dorsos, mais baixos que o estado vizinho da Paraíba, são acidentados, com poucas escarpas e com vários rebordos tortuosos.[39]

As terras baixas, que são uma das duas unidades de relevo, estendem-se a norte, a leste e a oeste, compreendendo os tabuleiros de areia, que percorrem o litoral do estado. Da Serra da Borborema até o sul do estado, predominam os planaltos, a segunda unidade de relevo.[40]

Na região do Alto Oeste Potiguar, também denominada de "porção sudoeste do estado", existem alguns maciços isolados com altitude igual ou superior a 600 metros de altitude, a chamada "região serrana do Rio Grande do Norte".[39] É nela que se encontra a Serra do Coqueiro, localizada no município de Venha-Ver, o ponto mais alto do estado, com 868 metros de altitude.[41] Outras serras que se destacam são as de São Miguel, Luís Gomes e Martins.[39]

[editar] Clima








Martins, na região serrana do estado, marcada por temperaturas mais baixas que o semiárido.



No Rio Grande do Norte, existem três tipos climáticos: o tropical quente e úmido, o semiúmido e o semiárido quente.[39] O primeiro predomina no litoral, com temperaturas médias de 24°C e pluviosidades que chegam até mil milímetros, com chuvas no inverno e secas no verão.[42] O segundo caracteriza-se pelas chuvas de outono, presente apenas na extremidade ocidental do estado, com elevadas temperaturas e chuvas mais abundantes em relação ao semiárido, cujas chuvas costumam ter uma pluviosidade acima dos seiscentos milímetros, maior que na região semiárida.[39] E o terceiro, que domina o resto da área do estado, caracteriza-se pelos longos período de seca, com temperaturas que chegam a ultrapassar os 26°C (no interior), chuvas escassas e irregulares, com pluviosidade abaixo de seiscentos milímetros anuais, além da nebulosidade baixa.[42]



Apenas uma pequena parte do litoral norte potiguar (larga planície costeira) é de clima semiárido. Essa é a única região litorânea do Brasil com esse tipo de clima.[39] Além da pluviosidade baixa e das temperaturas elevadas, os ventos são secos e constantes. São essas características que fazem do estado o maior produtor de sal do Brasil (5%).[39]



O Rio Grande do Norte tem 90,6% dos seu território localizado na região do Polígono das Secas.[43] Esta é uma região conhecida pelos longos períodos de estiagens.[44]

[editar] Vegetação e hidrografia



Ver página anexa: Rios do Rio Grande do Norte








Vista parcial da Caatinga, vegetação predominante no estado.



O território norte-riograndense apresenta três tipos distintos de vegetação. O primeiro é a floresta tropical, encontrada apenas na região sudeste do estado, onde se localiza o extremo norte da floresta litorânea, características que fazem a região ser denominada de zona da mata. O segundo é o agreste, com florestas exuberantes emn relação à floresta tropical, está na transição para o clima semiárido, contendo espécies da floresta tropical e da caatinga; este tipo de vegetação domina parte do litoral oriental, o que faz do Rio Grande do Norte o único estado onde o agreste chega ao litoral. E, por último, há a caatinga, vegetação que se localiza no centro e oeste do estado, cobrindo a maior parte do território (cerca de 90%). No litoral, é observada a vegetação característica dos mangues.[39]








Vista parcial do rio Apodi/Mossoró em Mossoró.



Quanto à hidrografia, os rios correm para o litoral, tanto no norte quando no leste. Esses rios são os mais extensos do estado, como, por exemplo, o Rio Apodi/Mossoró, que nasce na Serra da Queimada, em Luís Gomes, e deságua no Oceano Atlântico; e o rio Rio Piranhas-Açu, que nasce na Paraíba e também deságua no Atlântico, cuja bacia hidrográfica abrange a porção ocidental paraibana; na foz desses rios, podem ser observadas numerosas lagoas.[39] Além dos rios Apodi/Mossoró e Piranhas/Açu, outros rios importantes que atravessam o estado são os rios Potenji, Trairi, Seridó, Jundiaí, Jacu e Curimataú.[41] Todos os rios potiguares são temporários, isto é, durante o período da estiagem, eles permanecem secos, enquanto registram grandes cheias no período chuvoso. Para isso, foram construídas enormes barragens no interior do estado.[39] A maior de todas as barragens construídas no Rio Grande do Norte é Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que também é o segundo maior reservatório de água construído no estado, localizada entre Assu e São Rafael, com capacidade total para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.[45] Outros açudes importantes e extensos são os de Cruzeta, Gargalheiras e Itans.[39]

[editar] Litoral



O litoral potiguar é um dos mais famosos e conhecidos do Brasil, com uma extensão aproximada de quatrocentos quilômetros.[46] Importantes atração turísticas e litorâneas estão localizadas em Natal, litoral sul, Areia Branca e litoral norte.[46]



Entre Natal e Extremoz, o principal destino é Genipabu, certão-postal mais famoso do Rio Grande do Norte, com imensas dunas, lagoas de água doce, além dos passeios realizados diariamente.[47] No litoral sul, o ponto mais conhecido é a Praia da Pipa, em Tibau do Sul, descoberta por surfistas na década de 1970,[48] localizada 87 km a sul de Natal, com areia e águas claras e mornas onde, durante a maré, há a formação de piscinas naturais com águas mornas e de bastante apreciação.[48] Em Areia Branca, localiza-se a Ponta do Mel, praia que reúne serras, barreiras de cor vermelha, além de mares.[46] E, por último, vem a Costa Branca, também no litoral norte potiguar, na divisa com o estado do Ceará, cujo nome provém da enorme quantidade de sal produzida (95% do sal brasileiro).[46]



O município de Baía Formosa, localizado no extremo leste potiguar, no litoral sul, guarda a maior reserva de Mata Atlântica nativa, a beira-mar, ainda preservada no estado.
Ecologia e meio ambiente








O Atol das Rocas é um pequeno arquipélago no Oceano Atlântico considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.



No Rio Grande do Norte, segundo o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) existem quinze unidades de conservação, sendo quatro delas federais, oito estaduais e três particulares.[50]



As unidades de conservação federais são o Atol das Rocas, (a 260 km de Natal[51]) a Estação Ecológica do Seridó (em Serra Negra do Norte), a Flona Açu (em Açu) e a Flona de Nísia Floresta (em Nísia Floresta).[50] As estaduais são a Área de Preservação Ambiental (APA) Bonfim Guaraíras (entre Arez e Tibau do Sul), a APA Genipabu (em Natal), a APA Piquiri Una (entre Pedro Velho e Canguaretama), a APA Recife dos Corais (em Rio do Fogo), o Parque Ecológico do Cabugi (em Angicos), o Parque Estadual das Dunas (em Natal), o Parque Estadual Florêncio Luciano (em Parelhas) e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão.[50] Já as unidades de conservação particulares, com a denominação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), são as de Mata Estrela (em Baía Formosa), a de Sernativo (em Parelhas) e a Stossel de Brito (em Jucurutu).[50]



A extensão territorial potiguar abrange sete ecossistemas, ligadas aos fatores climáticos, ao tipo de solo e ao de relevo. Devido à ação do homem nesses ecossistemas, a cobertura de vegetação original primitiva vem dimunuindo, causando desertificação e o enfraquecimento da biodiversidade. Os tipos de ecossistemas encontrados no estado são a Caatinga, a vegetação nativa da Mata Atlântica, o Cerrado, as florestas de serras, a vegetação das praias e dunas e os manguezais.[52]

[editar] Demografia




Crescimento populacional do
Rio Grande do Norte[53]


Ano

População


1970

1 550 184


1980

1 898 835


1991

2 415 567


2000

2 776 782


2010

3 168 133




Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, a população do estado de Rio Grande do Norte possuía 3 168 133 habitantes, sendo o décimo sexto estado mais populoso do Brasil, representando 1,7% da população brasileira.[54] Segundo o censo de 2010, 1 548 731 habitantes eram homens e 1 619 402 habitantes eram mulheres.[2] Ainda segundo o mesmo censo, 2 465 439 habitantes viviam na zona urbana e 702 439 na zona rural.[2] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 14%.[55]



Em relação ao censo de 2000, a população do estado naquele ano era de 2 776 782 habitantes, onde 1 359 953 habitantes eram homens e 1 416 829 eram mulheres.[56] Em relação ao ano de 1991, a população foi contada em 1 178 818 habitantes, 2 415 567 homens e 1 236 849 mulheres.[56]








Densidade populacional dos municípios do Rio Grande do Norte




██ 0-25 hab/km²


██ 25-50 hab/km²


██ 50-100 hab/km²


██ 100-150 hab/km²


██ 150-200 hab/km²


██ 200-300 hab/km²


██ 300-400 hab/km²


██ 400-500 hab/km²


██ > 500 hab/km²




A densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de sessenta habitantes por quilômetro quadrado, a décima maior do Brasil, comparável à da Tunísia (61 hab./km²). A maior parte dos habitantes se concentra na Mesorregião do Leste Potiguar, especialmente na região metropolitana. Natal concentra, sozinha, em torno de um quarto da população do estado.[2]



O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,738, sendo o vigésimo primeiro do Brasil e o terceiro maior da Região Nordeste, sendo superado apenas pela Bahia e por Sergipe.[57] Considerando apenas a educação, o índice é 0,810 (o brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,747 (o brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,657.[57] A renda per capita é de 8 203 reais.[58] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[59] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,642 em 1991 para 0,779 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,810.[59] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,591,[59] passando para 0,700 em 2000[59] e 0,747 em 2005.[57] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,579) e 2000 (0,636),[59] passando para 0,657 em 2005.[57] Quanto ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi singnificativa, passando de 0,602 em 1991 para 0,705 em 2000, e em 2005 o valor passou para 0,738.[59] O município com o maior IDH é Natal, capital do estado, com um valor de 0,788; enquanto Venha-Ver, situado no extremo oeste do estado, tem o menor valor (0,544).[60]



O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,49, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[61] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 52,27%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 47,62%, o superior é 56,92% e a subjetiva é 55,91%.[61]







Cidades mais populosas do Rio Grande do Norte

(censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[2]




Natal



Mossoró


Posição

Cidade

Pop.

Posição

Cidade

Pop.



Parnamirim



São Gonçalo do Amarante


1

Natal

803 739

11

Santa Cruz

35 797


2

Mossoró

259 815

12

Nova Cruz

35 490


3

Parnamirim

202 456

13

Apodi

34 763


4

São Gonçalo do Amarante

87 668

14

João Câmara

32 227


5

Macaíba

69 469

15

Touros

31 089


6

Ceará-Mirim

68 141

16

Canguaretama

30 916


7

Caicó

62 709

17

Macau

28 954


8

Assu

53 227

18

Pau dos Ferros

27 745


9

Currais Novos

42 652

19

Areia Branca

25 315


10

São José de Mipibu

39 776

20

Extremoz

24 569




































































































































































































[editar] Religião








Catedral Metropolitana de Natal, templo da Igreja Católica na capital.



Tal qual a variedade cultural verificável no Rio Grande do Norte, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração, é possível encontrar atualmente dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras.[62] Segundo o censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dos 2,7 milhões de habitantes que residiam no estado naquele ano, a maioria dos potiguares declaram-se católicos (2,3 milhões). É possível encontrar também alguns praticantes de religiões evangélicas, religiões de origem africana, além de espíritas e outros.[62]



Na Igreja Católica, destacam-se o Convento Santo Antônio (Igreja do Galo); a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, segunda mais antiga de Natal; Cunhaú; Uruaçu; a Igreja Matriz de Natal e a Igreja de São Gonçalo do Amarante.[63] Ela se divide administrativamente em uma arquidiocese, a Arquidiocese de Natal,[64] e duas dioceses: Diocese de Caicó[65] e Diocese de Mossoró.[66]

[editar] Etnias



Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de potiguares está composta por pardos (53,4%), brancos (41%), pretos (3,6%), amarelos e indígenas (0,7%) e outros sem declaração.[67]



A origem do povo potiguar está ligada à união de três povos: os negros, indígenas e portugueses, que também estão ligadas à formação do povo brasileiro.[67] No interior do estado, é possível a influência holandesa bastante acentuada, enquanto na capital há uma grande concentração de indígenas e portugueses. Quanto às tradições, a maior influência vem da raça negra.[67]



A maioria dos imigrantes vindos de outros estados do Brasil vem do estado vizinho da Paraíba, onde a maior parte concentrada na fronteira entre os dois estados, como em Campo Redondo e Coronel Ezequiel.[68] No estado, as correntes migratórias são eminentemente urbanas, do tipo urbano-urbano (39,4%) e rural-urbano (33,6%).[69] Segundo dados do censo demográfico de 2000, realizado pelo IBGE, imigraram no estado 75 570 pessoas em 1991 e em 2000 o número subiu para 77 916, um aumento de 3,1% entre esses anos.[70] Já em relação à saída (emigração), houve uma queda de 6,7% entre os anos de 1991 e 2000, passando de 76 444 para 71 287 pessoas, respectivamente.[70]

[editar] Criminalidade








Taxa de homicídios nos municípios potiguares.



O Rio Grande do Norte é a sexta unidade federativa menos violenta do Brasil, sendo mais violenta apenas para Acre, Maranhão, Tocantins, São Paulo, Piauí e Santa Catarina, e é o sétimo maior índice de criminalidade da Região Nordeste. A taxa de homicídios é de 19,3.[71] O município mais violento do estado é Mossoró, na Mesorregião do Oeste Potiguar e Microrregião de Mossoró, que é também o 478º mais violento do Brasil (31,5), em 2006,[72] seguida por Felipe Guerra e Santa Maria.[72]

[editar] Habitação e condições de vida



De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o estado contava, em 2010, com mais de 1 097 531 de domícilios particulares.[73] Desses, 88,4% tinham acesso à água encanada, acima de média nacional (84,4%).[74] Embora o estado tenha a maior parte de sua população com acesso à água encanada, o estado é um dos piores do nordeste, apenas 16,52% dos potiguares têm acesso a esgotamentos sanitários (saneamento básico), sendo o sexto com os piores serviços de esgoto, sendo superado por Bahia, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Ceará e à frente do Maranhão, Alagoas e Piauí.[75]



O município de Parnamirim, localizado na Região Metropolitana de Natal, é o município brasileiro cuja população com mais de cem mil habitantes tem a sétima pior taxa de saneamento em todo o Brasil, onde apenas 1,28% de sua população tem acesso a esse serviço. Em contrapartida, há outros municípios do estado que investem nesse setor que estão entre os melhores do país. Um exemplo é o município de João Dias, na Mesorregião do Oeste Potiguar, que ocupa a trigésima posição entre os municípios com melhor investimento em saúde e saneamento básico.[75]



No ano de 2003, o coeficiente de Gini do estado do Rio Grande do Norte era estimado em 0,49 e a taxa de incidência da pobreza correspondia a 52,27 % da população.[76] Em 2009, a taxa de fecundidade era de 2,11 filhos por mulher e a taxa de mortalidade infantil era de 32,2 por mil (2009).[77]O rendimento médio familiar mensal, no período de 2008-2009, era de R$ 1 680,59, e a despesa média familiar mensal era de R$ 1 680,96.[78]

[editar] Política



O Rio Grande do Norte é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.[79]



A atual constituição do estado do Rio Grande do Norte foi promulgada em 3 de outubro de 1989,[80] acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais.[80]








Rosalba Ciarlini exerce o cargo de governadora desde o 1° de janeiro de 2011.



O Poder Executivo potiguar está centralizado no governador do estado,[80] que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e podem ser reeleitos para mais um mandato. O primeiro governador do estado foi Pedro de Albuquerque Maranhão, em 17 de novembro de 1889, dois dias após a proclamação da república. Em 58 mandatos (incluindo os reeleitos e que ocuparam o cargo em mandatos não consecutivos), várias pessoas já passaram pelo governo do estado, sendo a mais recente delas Rosalba Ciarlini Rosado, nascida em Mossoró.[81] Ela foi eleita no primeiro turno das eleições de 2010,[32] com 813 813 votos, equivalente a 52,46% dos votos válidos, sucedendo Iberê Ferreira, candidato à reeleição, derrotado com 562 256 votos (36,25%), que assumiu o cargo em 31 de março de 2010, devido à renúncia da governadora Wilma de Faria, para se candidatar ao Senado e concorrer nas eleições de 3 de outubro.[82][83] Além da governadora, há ainda no estado a função de vice-governador, que substitui o governador caso este renuncie sua posição, seja afastado do poder ou precise afastar-se do cargo temporariamente. Atualmente, o cargo é exercido por Robinson Faria.[84]



O Poder Legislativo norte-rio-grandense é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Ela é constituída por 24 deputados, que são eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representação potiguar é de 3 senadores e 8 deputados federais.[80][85]



O Poder Judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[86] Atualmente o diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em Natal.[86] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância. Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância, vinte e cinco de segunda e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim, Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros.[87]



Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, listando os estados com o maior número de parlamentares cassados por corrupção desde o ano 2000, o Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição na lista, com sessenta parlamentares cassados, atrás somente de Minas Gerais (71 cassações).[88]

Símbolos estaduais


















Bandeira do Rio Grande do Norte





Brasão do Rio Grande do Norte




Os símbolos do Rio Grande do Norte são a bandeira, o brasão e o hino.[89]



Durante a gestão do governador Alberto Maranhão (1908-1914), através do Decreto nº 201/1909, foi criado o brasão do estado, desenhado e organizado pelo escultor Corbiniano Vilaça.[89] É composto por um coqueiro à esquerda, uma carnaúba à direita, uma cana-de-açúcar e um algodão, estes dois últimos representando a flora. Há ainda um mar, com a jangada, representando a pesca e a extração de sal responsável por 95% da produção de sal no Brasil.[90][91][92]



A atual bandeira do estado foi sancionada pelo então governador do estado na época, Dinarte de Medeiros Mariz, através da Lei 2.160/1957. O estudo sobre o formato da bandeira foi estudado por Luís da Câmara Cascudo, através de um grupo de pessoas ligadas à cultura potiguar, partindo daí a ideia da criação da bandeira. Ela é composta por três cores: verde, branco e amarelo. O verde representa a esperança e o branco a paz. Constitui-se de um retângulo com um metro de meio de comprimento por um metro de altura, com duas faixas, sendo verde a faixa superior e faixa inferior na cor branca. No centro da bandeira, há, na forma de escudo, um campo amarelo, com o brasão ao meio.[89]



O hino do estado tem como autor José Augusto Meira Dantas, compondo a letra, e José Domingos Brandão, responsável pela música, ambos nascidos no município potiguar de Ceará-Mirim. Foi criado e declarado pela Lei 2.161/1957, na gestão do governo Dinarte Mariz. No total, há três estrofes, cada uma contendo contendo doze versos, e um estribilho (refrão).[89]

[editar] Subdivisões



O estado do Rio Grande do Norte é dividido em quatro mesorregiões, dezenove microrregiões e 167 municípios.

[editar] Mesorregiões



Ver página anexa: Mesorregiões do Rio Grande do Norte



O estado do Rio Grande do Norte é dividido estatisticamente em quatro mesorregiões:

Oeste Potiguar:[93] é a segunda mais populosa do estado, dividida em sete microrregiões que, juntos, abrigam sessenta e dois municípios, sendo a mesorregião com o maior número de municípios potiguares.[93]
Central Potiguar:[94] é a menos populosa do estado, formada pela união de cinco microrregiões que compartilham trinta e sete municípios. É a única mesorregião limítrofe com todas as demais mesorregiões do Rio Grande do Norte.[94]
Agreste Potiguar:[95] é a terceira mais populosa do estado, formada pela união de quarenta e três municípios agrupados em três microrregiões, além de ser a única do estado onde nenhum de seus municípios tem litoral.[95]
Leste Potiguar:[96] é uma mesorregião formada pela união de vinte e cinco municípios agrupados em quatro microrregiões. Pelo fato de nela estar localizada a capital do estado, é a mais populosa, reunindo mais de 40% da população potiguar.[96]

[editar] Microrregiões e municípios



Ver páginas anexas: Microrregiões e Municípios do Rio Grande do Norte



O estado é dividido geograficamente em dezenove microrregiões. Essas microrregiões são (em parênteses está indicado o número de municípios da microrregião referida): Agreste Potiguar (21[97]), Angicos (8[98]), Baixa Verde (5[99]), Borborema Potiguar (16[100]), Chapada do Apodi (4[101]), Litoral Nordeste (7[102]), Litoral Sul (10[103]), Macaíba (5[104]), Macau (5[105]), Médio Oeste (6[106]), Mossoró (6[107]), Natal (3[108]), Pau dos Ferros (17[109]), Seridó Ocidental, (7[110]), Seridó Oriental (10[111]), Serra de Santana (7[112]), Serra de São Miguel (9[113]), Umarizal (11[114]) e Vale do Açu (9[115]).[116] Ao todo, o estado está dividido em 167 municípios.[117]













Mesorregiões


Municípios









Microrregiões











[editar] Regiões metropolitanas





Uma região metropolitana ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole), e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando uma imensa metrópole, que na qual o centro está localizado na cidade central, normalmente aquela que da nome à região metropolitana. Oficialmente, a única região metropolitana do estado é a Região Metropolitana de Natal, criada pela Lei Complementar n° 152 de 16 de janeiro de 1997.[118] Inicialmente, integrava apenas os municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba e Extremoz. Com a Lei Complementar nº 221, de 2002, passam a fazer parte da região metropolitana os municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta.[119] Com a Lei Complementar n° 315 de 30 de novembro de 2005, o município de Monte Alegre é adicionado e em 2009 passa a fazer parte o município de Vera Cruz.[120]








Mapa mostrando a Região Metropolitana de Natal e seus municípios (em vermelho).




Dados dos municípios da Região Metropolitana de Natal


Município

Área (km²)[1]

População (2010)[2]

PIB em R$ (2008)[58]


Natal

170,298

803 811

8 656 932,020


Ceará-Mirim

739,686

67 844

290 640,459


Extremoz

125,665

24 550

369 463,932


Macaíba

512,487

69 538

608 621,296


Monte Alegre

200,000

20 670

80 288,409


Nísia Floresta

306,051

23 818

106 919,018


Parnamirim

120,202

202 413

1 654 984,717


São Gonçalo do Amarante

251,308

87 700

660 111,278


São José de Mipibu

293,877

39 771

196 777,049


Vera Cruz

92,117

10 725

40 347,557


Total

2 811,691

1 350 840

11 597 431


[editar] Economia



O PIB do Rio Grande do Norte é o vigésimo estado mais rico do país, destacando-se na área de prestação de serviços. De acordo com dados relativos a 2008, o PIB potiguar era de 25,481 mil, enquanto o PIB per capita era de 8 203 reais.[121]

[editar] Setor primário



Ver artigo principal: Agropecuária do Rio Grande do Norte








Fruticultura irrigada de abacaxi no interior do estado.



A setor primário é o menos relevante para a economia potiguar. Inicialmente, durante a época inicial da colonização do Brasil, a economia era muito voltada às atividades de agricultura, pecuária e pesca.[122] Em 2004, esse setor representava 5,6% da economia de todo o estado.[41] Segundo o IBGE, em 2009 o estado possuía um rebanho de 1 150 128 bovinos, 43 111 equinos, 2 281 bubalinos, 55 249 asininos, 20 751 muares, 193 856 suínos, 398 679 caprinos, 570 302 ovinos, 49 590 codornas, 581 coelhos e 4 545 119 aves, entre estas 1 969 997 galinhas e 2 575 522 galos, frangos e pintinhos.[123] Em 2009, o estado produziu 235,986 mil de litros de leite de 267 755 vacas. Foram produzidos 28,087dúzias de ovos de galinha e1 107 409 quilos de mel-de-abelha.[123] Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, algodão herbáceo, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, fava, feijão, fumo, girassol, mamona, mandioca, melancia, melão, milho, sorgo e tomate.[124] Já na lavoura permanente produzem-se abacate, algodão arbóreo, banana, castanha de caju, coco-da-baía, goiaba, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, sisal (agave) e tangerina.[125] Destes, é o algodão o principal produto agrícola.[39]



Quanto à extração vegetal, produzem-se angico, carnaúba (ceras e fibras), carvão vegetal, castanha de caju, lenha, mangaba, madeira em tora, oiticica e umbu.[126] Na silvicultura, carvão vegetal, lenha são os principais produtos produzidos.[126]

[editar] Setor secundário



Este é o segundo setor que tem mais relevância no papel econômico do estado, onde 44,2% das riquezas produzidas provêm do setor secundário (2004).[41] O Rio Grande do Norte contribuía, em 2004, com apenas 0,9% do PIB nacional.[41] É o terceiro estado na produção e exploração de gás natural, correspondente a 9% da produção brasileira. Os principais setores industriais se concentram nos dois municípios mais populosos do estado, Natal e Mossoró; nesses municípios, há uma grande concentração de indústrias têxteis e de confecção. Há, ainda, uma segunda unidade responsável pelo processamento desses gás natural em Guamaré, na Mesorregião Central Potiguar, que é o município sede do Polo Gás-Sal, responsável também pela produção de diesel e nafta no estado. Existe também, em Macaíba, a poucos quilômetros da capital, um polo cerâmico.[41]



O estado apresenta alguns problemas econômicos neste setor, como a queda de exportações e carga tributária elevada, em 2008 houve um recorde de empregos no que diz respeito à indústria.[127] Em percentual, o número de empregos gerados pela indústria cresceu 5,1%, mais do que a média da Região Nordeste (4,9%), onde, no total, 15 004 empregos com carteira de trabalho assinadas, de acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN).[127] Entretanto, a elevada carga tributária é ainda um grande problema para as empresas, segundo empresários. Cerca de 75% ainda enfrentam este problema, além da competição de mercado bastante acirrada (54%).[127]



A principal indústria é a têxtil. As indústrias de alimentos, tecidos e produtos químicos também são destaques no papel industrial.[39] A indústria alimentícia se destaca na questão do açúcar. O estado é o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, sendo superado apenas pelo Rio de Janeiro, e o maior produtor de petróleo em terra do país.[128] É também responsável por 95% do sal brasileiro.[92] Tanto a produção de sal quanto a produção de petrolífera estão concentradas no litoral norte, especificamente em Areia Branca, Macau e Mossoró.[39] O Rio Grande do Norte, devido à sua grande riqueza em minerais, também é o estado brasileiro que mais produz tungstênio (xelitas, usadas na fabricação de lâmpadas), em grande presença na região de Currais Novos, principalmente.[39] Desde 1990, inúmeras jazidas de petróleo já foram descobertas em solo potiguar, onde o campo de Ubarana, localizado em uma plataforma continental, é o principal campo. Outras reservas minerais que podem ser encontradas em território norte-rio-grandense são berílio, calcário, gipsita, mármore e tantalita.[39] O setor industrial, devido às exportações, vem ganhando força.[122]













Porto-Ilha de Areia Branca no município de Areia Branca, responsável por 95% de todo o sal brasileiro.[92]

[editar] Setor terciário



Este setor é o que rende a maior parte de riquezas no estado, sendo, portanto, o mais relevante para a economia norte-rio-grandense. Em 2004, representava 50,2% das riquezas produzidas no estado.[41] Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) realizada pelo IBGE em 2008, existiam no estado 4 969 empresas,[129] das quais 662 eram empresas locais.[130] Em 31 de dezembro de 2008, trabalharam para todas essas 78 962 trabalhadores, que totalizavam ao todo uma receita bruta de 4 094 761 mil reais, juntos com salários e outras remunerações que somavam um total de756 829 reais.[129] No Rio Grande do Norte, existiam, em 2008, 170 agências (instituições financeiras), que renderam R$ 5 033 071 mil em operações a crédito, R$ 86 514 mil em depósitos à vista do governo, R$ 1 166 214 mil em depósitos à vista privados, R$ 2 607 414 mil em poupança, R$2 184 225 mil em depósitos a prazo e R$ 3 552 mil reais em obrigações por recebimento.[131]

Infraestrutura

Saúde








Mortalidade infantil (2006)

37,5 por mil nascimentos[41]


Médicos

10,3 por 10 mil hab. (2005)[41]


Leitos hospitalares

2,4 por mil hab. (2005).[41]











Em 2005, existiam, no Estado, 1 932 estabelecimentos hospitalares, com 6 851 leitos.[132] Em 2005, da população, 87,8% dos potiguares tinham acesso à rede de água,[41] enquanto 55,9% se beneficiam da rede de esgoto sanitário.[41]



De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 70,4% da população potiguar avalia sua saúde como boa ou muito boa; 68,8% da população realiza consulta médica periodicamente; 41,3% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 7,1% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses. 29,4% dos habitantes declarou ter alguma doença crônica e apenas 15,6% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 59,9 % dos habitantes declararem necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família - PUSF.[133]



Na questão da saúde feminina, 27,1% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses; 35,9% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos; e 78,1% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.[133]

[editar] Educação e ciência








Reitoria da UFRN em Natal.



O estado dispunha em 2009 de uma rede de de 3 175 escolas de ensino fundamental, das quais 620 estaduais, 2 084 municipais, 470 particulares e uma federal. O corpo docente era constituído de 26 200 professores, sendo que 6 920 trabalhavam nas escolas públicas estaduais, 14 372 nas escolas públicas municipais e 4 920 nas escolas particulares. Estudavam nestas escolas 554 372 alunos, dos quais 469 667 nas escolas públicas e 84 705 nas escolas particulares. O ensino médio foi ministrado em 420 estabelecimentos, com a matrícula de 152 326 alunos. Dos 152 326 discentes, 133 369 estavam nas escolas públicas e 18 957 nas particulares.[134]



Em 2004 a taxa de analfabetismo no estado era de 22,3%, uma das mais altas no Brasil. Da população, 34,4% dos potiguares são analfabetos funcionais. O Rio Grande do Norte tem a 5ª pior educação do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,810.[41]



Algumas das principais universidades do Rio Grande do Norte são o Instituto Federal do Rio Grande do Norte,[135] a Universidade Federal do Rio Grande do Norte[136], a Universidade Federal Rural do Semi-Árido,[137] a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)[138] e a Universidade Potiguar.[139]



No campo da ciência, uma iniciativa notória é o Instituto Internacional de Neurociências de Natal que foi inaugurado em 2006 na capital potiguar e idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, considerado um dos vinte mais importantes neurocientistas em atividade no mundo. O Instituto foi criado no estado com o objetivo de descentralizar a pesquisa nacional atualmente restrita às regiões Sudeste e Sul do Brasil.[140]

[editar] Transportes








Aeroporto Internacional Augusto Severo.








BR-405 em Pau dos Ferros, em frente ao campus do IFRN, responsável por fazer a ligação entre Mossoró e Cajazeiras, na Paraíba.[141]



No estado existe apenas dois aeroportos administrados pela Infraero: o Aeroporto Internacional Augusto Severo[142] e o Aeroporto Internacional de Natal/São Gonçalo do Amarante. Este último está sendo construído e será o primeiro do país a ser administrado pela iniciativa privada.[143] Há também outros aeroportos menores, como o de Assu, o de Caicó, o de Currais Novos, o de Jardim de Angicos, o de Jardim do Seridó e o de Mossoró.[144]



A frota estadual no ano de 2009 era de 626 022 veículos, sendo 305 795 automóveis, 21 168 caminhões, 1 553 caminhões trator, 43 725 caminhonete, 3 273 micro-ônibus, 216 043 motocicletas, 30 157 motonetas, 4 216 ônibus e 93 tratores de roda.[145] Natal e Mossoró, as duas maiores cidades do estado em população, concentram juntas pouco mais de 50% da frota de veículos do estado (320 503 veículos).[146][147]



No estado, existe o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN), criada pelo Decreto Lei nº. 112 de 12 de setembro de 1941, quando foi criado por Rafael Fernandes Gurjão o Serviço Estadual de Estradas e Pontes, que na época era interventor do estado, subordinado a Dr. Aldo Fernades R. de Melo, secretário do estado.[148] A criação se deu com base na lei n° 2615, decretada em 21 de setembro de 1940, cuja função é autorizar, conceder, controlar, fiscalizar, permitir, planejar e regulamentar serviços referente ao transporte coletivo e rodoviário dos passageiros em todos os municípios do estado.[148]



Em território potiguar, existem apenas duas ferrovias. Uma começa no município paraibano de Sousa, construída em 1915,[149] percorrendo o Oeste Potiguar até chegar a Mossoró, que atualmente está desativada.[150] A outra é aquela que vem do estado da Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte pelo município de Nova Cruz, passando por Natal e terminando em Macau.[150]








Mapa dos transportes do Rio Grande do Norte.



Existem nove rodovias federais no Rio Grande do Norte. São elas: a BR-101, que liga Touros até o extremo sul do país pelo litoral; a BR-304, responsável por fazer a ligação entre Natal e Fortaleza (Ceará);[39] a BR-406, que liga Natal a Macau[151] e a BR-226, que começa em Natal e termina no estado do Tocantins;[152] a BR-405, que faz a ligação entre Mossoró e Cajazeiras (PB).[141] a BR-104, que vai de Macau até Maceió (AL);[153] a BR-437, que parte da BR-405 e vai até a divisa com o estado do Ceará;[154] a BR-427, que liga Currais Novos a Pombal (PB)[155] e a BR-110, que começa em Areia Branca e se estende até o estado da Bahia.[156] A maior parte das rodovias existentes no Rio Grande do Norte são estaduais, com a sigla do estado e mais três números. Exemplos são a RN-118, que liga Afonso Bezerra a Ipueira, no sul do estado, divisa com a Paraíba; a RN-120, fazendo a ligação entre Serra Caiada (Presidente Juscelino) e Nova Cruz, também divisa com a Paraíba; a RN-160, que liga Macaíba a Serrinha e a RN-177, que começa em Riacho da Cruz e passando por Portalegre, Francisco Dantas, Pau dos Ferros, Encanto, São Miguel, até acabar em Venha-Ver, no extremo oeste do estado, próximo à tríplice fronteira (RN-PB-CE).[157]



O transporte fluvial no estado não é utilizado, pelo fato de seus rios serem temporários, ou seja, secam durante o período da estiagem (seca).[158]



No Rio Grande do Norte existem dois portos, ambos administrados pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern): o Porto de Natal, localizado na capital e o Porto-Ilha de Areia Branca em Areia Branca.[150]

[editar] Serviços e comunicações








Orelhões da operadora Oi numa praia de Natal.



O estado conta com outros serviços básicos. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) é a responsável por fazer o sistema de abastecimento de água em 152 dos 167 municípios do estado, com 165 sistemas de abastecimento de água e 13 localidades;[159] além do sistema de abastecimento de água, esta empresa também tem a missão de atender a população nos serviços de coleta e saneamento básico (tratamento de esgotos).[159] Já a responsável pelo abastecimento de energia elétrica é a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), que está presente em todos os municípios do estado, atendendo a mais de três milhões de pessoas (consumidores).[160] Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. No campo do serviço telefônico móvel, por telefone celular, o estado faz parte da "área 10" da Anatel (que compreende, além do Rio Grande do Norte, os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba, Piauí e Alagoas)[161] e é servido por quatro operadoras telefônicas; dados de maio de 2011 apontavam a TIM com a maior participação neste mercado no estado (34,44%), seguido da Claro (31,89%), Oi (29,50%) e Vivo (4,17%).[162] O código de área (DDD) de todo o estado é 084.[163] Em 10 de novembro de 2008, o Rio Grande do Norte passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com outras cidades de DDDs 33 e 38, em Minas Gerais; 44, no Paraná; 49, em Santa Catarina.[164]



Existem muitos jornais em circulação em vários municípios do estado. Alguns deles são o Diário de Natal,[165] a Tribuna do Norte,[166] o Jornal de Hoje[167] e o Novo Jornal,[168] editados e com sede na capital, além do Jornal Metropolitano, sediado na Região Metropolitana de Natal;[169] Vale do Apodi, em Apodi;[170] o Correio do Seridó, em Caicó;[171] o Jornal de Extremoz, em Extremoz;[172] a Gazeta de Macau, em Macau;[173] O Mossoroense, Gazeta do Oeste, Jornal de Fato e Jornal de Mossoró, em Mossoró;[174][175][176][177] a Gazeta do Agreste, em Nova Cruz;[178] o Jornal de Parnamirim e o Potiguar Notícias, ambos em Parnamirim;[179][180] a Folha do Mato Grande, em Touros;[181] o Jornal de Upanema, em Upanema[182] e o Correio da Tarde, que circula por todo o estado.[183]



Há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High Frequency (UHF). O Rio Grande do Norte é sede de alguns canais/emissoras de televisão, como a TV Assembleia RN, inaugurada em abril de 2008;[184] a InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo;[185] a TV Tropical;[186] a TV Ponta Negra;[187] a TV Universitária Rio Grande do Norte[188] e a TV União Natal.[189]

[editar] Cultura








Espetáculo "Chuva de Bala no país de Mossoró" nos festejos juninos da cidade.



A cultura potiguar é um conjunto de atividades, modo de agir e costumes desenvolvidos por potiguares. O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico e a Associação de Astronomia.[190]



Dos inúmeros monumentos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Fortaleza dos Reis Magos, localizada em Natal, é a mais importante, considerada como marco inicial da colonização territorial.[190] Quantos aos eventos, estes são realizados como diversas manifestações folclóricas (como o fandango), onde os que mais se destacam são Santos Reis, festas do Caju e de Nossa Senhora dos Navegantes, grandes vaquejadas (principalmente no interior do estado), a Festa do Boi, o Mossoró Cidade Junina, a Festa de Santana de Caicó, a festa de Nossa Senhora da Apresentação e o Carnatal.[190]

[editar] Artesanato








A produção de cerâmica destaca-se no artesanato potiguar.[191]



O artesanato potiguar destaca-se nos alimentos, bordados, cerâmica, cestarias, couro, madeira, pedras, rendas, tecelagem e trançados. Nos alimentos, destaca-se a produção de doces feitos de frutas encontradas em todo o estado. Na região leste do estado, especialmente nos municípios de Ceará-Mirim, Florânia, São Gonçalo do Amarante e São Tomé, destaca-se a produção de cerâmica, que é uma argila modelada e aquecida, depois secada; o maior produtor de cerâmica no Rio Grande do Norte é São Gonçalo do Amarante. Os bordados são decorações de tecidos, tendo Caicó como destaque na produção desses bordados. As cestarias são, juntos com os trançados, uma forma de artesanato encontrada em quase todos os municípios potiguares; as palhas utilizadas nas cestarias e trançados são postas para secar e depois são trançadas, conforme técnica utilizada em tal processo, com a finalidade de atingir a opção e o formato desejado. O couro, de origem caprina ou bovina, é produzido principalmente em Natal, Caicó e Taipu; sua fabricação é feita a partir de matéria-prima necessária e complementar à fabricação do couro. Em Macaíba e Taipu, destaca-se o esculpimento da madeira, formando diversos utensílios. Em Currais Novos, encontra-se a maior produção de esculpimento de pedra, formando tipos variados de adorno. As rendas, diferente dos bordados, são feitas quando um ou mais fios conduzidos por uma agulha, formando um tecido, essencial à fabricação de roupas; assim como os bordados, as rendas também são feitas em Caicó. E, por último, há a produção de panos a partir da preparação de linhas para depois serem feitos em teares movidos a pedal (tecelagem), onde Acari, Arez, Florânia, Ipanguaçu, Jardim do Seridó, São Paulo do Potengi e São Tomé são os municípios que mais se destacam nessa produção.[191]

[editar] Culinária



Ver artigo principal: Culinária do Rio Grande do Norte








Paçoca feita de carne, prato típico muito comum do Rio Grande do Norte.



A culinária potiguar é influenciada tanto pela colonização portuguesa e quanto pela cultura indígena[192], sendo basicamente divida em duas partes: aquela dos frutos do mar, pelo fato do estado estar localizado no litoral e pela sua localização geográfica privilegiada, e a dos produtos da terra, que derivam da atividade pecuária, sem falar dos pratos feitos com produtos da terra como a tapioca, milho verde, coco, entre outros[193] e do sucos e doces de frutas tropicais como manga, maracujá, mamão, caju, cajá, mangaba, entre outras.[194]



A caranguejada, carne de sol, cocada, cuscuz, feijão verde, linguiça típica do sertão, macaxeira, paçoca, peixes fritos, queijo típico de manteiga e tapioca são pratos típicos muito apreciados pelos potiguares, podendo ser encontradas em todas as regiões do estado.[195] O estado já foi o maior produtor de camarão do Brasil,[196] mas devido a uma queda de 10,33% na produção, a liderança passou a ser ocupada pelo Ceará a partir de 2010.[197] Embora a produção deste crustáceo venha aumentando, o crescimento ainda não é suficiente para que o estado volte a ocupar a posição de líder na produção de camarão.[198]



Um prato muito comum tanto no Rio Grande do Norte quanto na Paraíba é o chouriço doce, feito a partir da mistura de sangue, banha do porco, garapa ou mel de rapadura, castanha de caju assada e moída, leite de coco, farinha de mandioca e algumas especiarias como erva-doce. Seu cozimento é muito lento, podendo levar até seis horas.[199]



Outros doces e salgados típícos são o arrubacão, o baião-de-dois, carne de sol com banana-de-terra, carne de sol feita com jerimum, batata-doce ou macaxeira, casquinha de caranguejo, moqueca de carne varde, mousse de caranguejo, paçoca, patinha de caranguejo, sarapatel e sopa de caranguejo são os salgados mais conhecido no estado, enquanto os doces mais conhecidos são, tradicionalmente, bolo de milho, bolo de rolo, doce de abóbora, doce de batata-doce, doce de caju feito em calda, doce de jaca, pudim de macaxeira e tijolinho de coco.[200]

[editar] Esporte








O estádio João Machado dará lugar à Arena das Dunas para a Copa de 2014 em Natal.



Em 14 de maio de 2007, por meio do decreto n° 19 795, foi criada a Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (SEEL-RN), com a missão principal de estabelecer diretrizes, desenvolver e executar ações relativas à prática de esporte no estado.[201] Além desta, existe a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) que é o principal órgão filiado à Confederação Brasileira de Futebol que também controla as atividades relativas ao esporte no Rio Grande do Norte.[202]



O estado tem diversos estádios dois quais onze são utilizados pela FNF.[203] Destaca-se o Estádio João Machado, também conhecido como Machadão, que é o principal estádio do estado e um dos sediarão os jogos da Copa do Mundo. Suas obras de reforma estão previstas para estarem prontas até dezembro de 2013 e, embora Natal seja uma das cidades mais atrasadas, a Secretaria Especial da Copa afirma que tudo está dentro do prazo determinado. Após a total reforma, o Machadão dará lugar à "Arena das Dunas".[204] São esses escândalos e atrasos nas obras que fazem com que Natal dificilmente sedie a Copa.[205] Caso Natal consiga sediar a copa, sediará quatro jogos da Copa do Mundo.[206] Já no interior potiguar, destaca-se o Estádio Leonardo Nogueira, também conhecido como Nogueirão, em Mossoró, no Oeste Potiguar, criada em 1922.[203]



Assim como nos estádios, o Rio Grande do Norte é sede de diversos clubes de futebol. Alguns deles são o ABC (Natal),[207] o Alecrim (Natal),[208] o América (Natal), a Associação Cultural e Desportiva Potyguar Seridoense (Currais Novos),[209] o Atlético Clube Corintians (Caicó)[210] e o Clube Centenário Pauferrense (Pau dos Ferros).[211]



Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol, o estado aparece na décima segunda colocação no ranking nacional das federações estaduais e a quarta posição em relação aos estados do nordeste (superado por Pernambuco, Bahia e Ceará e à frente dos demais estados), com1 219 pontos marcados, diferença de 766 pontos em relação ao estado antecessor (o Pará, com 1 985 pontos).[212]



Outros esportes também têm popularidade no estado. No vôlei, o órgão responsável por atuar nessa área esportiva é a Federação Norte-riograndense de Vôlei, o estado se tornou campeão masculino no vôlei de praia de 2010, enquanto Sergipe se tornou campeão feminino.[213] O esporte também é popular e praticado em Olímpiadas Universitárias. Nesse contexto, um dos times que merecem destaque nesse esporte é o time de vôlei da Universidade Potiguar (UnP-RN).[214] No basquete, a Federação Norte-rio-grandense de Basquete é o órgão principal que atua nessa área.[215] Em 2011, o Rio Grande do Norte se tornou o vice-campeão no Brasileiro Sub-17 Feminino 2ª Divisão, perdendo apenas para o Distrito Federal.[216]



Além desses esporte, existem ainda atletismo, handebol, natação, etc. Desde a década de 1970, realizam-se os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, em que muitas escolas de determinados municípios disputam diversas categorias esportivas, para depois irem a Natal, onde é decidido o campeão geral dos jogos em todo o estado.[217]

[editar] Folclore








Apresentação de grupo de cultura popular no Museu de Cultura Popular.



O estado possui um folclore rico e diversificado. Pode ser dividido em dois grupos: aquele que se refere aos autos populares, reunindo uma mistura de espetáculos teatrais (autos), o mais importante; e aquele que reúne, de forma geral, as danças folclóricas (manifestações populares). Portanto, a cultura potiguar é dividida em autos e manifestações populares.[218]



Seus principais autos são o Boi dos Reis, Boi Calemba, fandango, congos, caboclinhos, lapinha e pastoril. O Boi dos Reis, o tradicional Bumba meu boi, é uma representação festiva anual realizada diante de qualquer igreja, a fim de que todos os que estão presentes sejam abençoados por Deus; quando possível, eles também podem ser apresentados em frente aos palanques e às residências (lares). O Boi Calemba é realizados em folguedos, seja de praia, seja do sertão; pertence e é realizada em épocas natalinas; para esse auto, não existe um modelo fixo. O fandango tem uma grande influência dos portugueses, muito observada em danças, expressões, jornadas; seu principal foco gira em torno de uma tradição contada sobre um navio que, durante uma semana, ficou perdido em alto mar, causando à tripulação devido a ameaças de tempestade e incêndio. Os tradicionais Congos são de herança africana, que conta a luta entre um rei (Henrique Carionga) e uma rainha (Ginga). Os tradicionais cabloclinhos são muito representados no período carnavalesco, onde os representante se fantasiam de indígenas. E, por último, há a lapinha e o pastoril, representados especialmente nas épocas de Natal e Ano-Novo, onde o primeiro, também denominado de presépio, são do tempo da colonização; já o pastoril são repertórios cantos (religiosos) e louvores realizados diante do presépio, simbolizando o nascimento de Jesus Cristo.[219]



Quanto às danças, a araruna, o bambelô, as bandeirinhas, a capelinha de melão, o coco, o espontão, o maneiro-pau. Na ararauna, dança típica do estado, existe um repertório uma coreografia com danças típicas do folclore; está instalada na capital, cujo nome oficial é Associação de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna. O coco, junto com o bambelô e o maneiro-pau, são danças típicas de roda, sem nenhum tipo de enredo dramático, onde é livre a participação de pessoas; enquanto o coco e o bambelô são danças de círculo acompanhadas de instrumentos de repercussão (como batuque), encontradas no litoral, o bambelô é muito praticado nas serras do Alto Oeste Potiguar. A bandeirinha, junto com a capelinha de maão, são danças típicas do período junino, onde pastores e pastores cantam para homenagear São João Batista. E, por último, o espontão, que é praticada principalmente na região do Seridó potiguar; um exemplo ocorre na Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada em Caicó, Jardim do Seridó e Parelhas, onde há a coroação de reis e rainhas.[219]

[editar] Literatura e música








Memorial Câmara Cascudo em Natal, onde está preservada uma parte da obra de Luís da Câmara Cascudo.



Apesar da literatura no estado estar em tradição regional e em processo de modernização, existem tensões na literatura do Rio Grande do Norte. A literatura brasileira vem se manifestando de forma sistematizada, onde o principal objetivo é conferir uma tradição ao estado. A sociedade e seus processos de modernização provocaram a descaracterização do dado localista de tal processo. Isso indica que é necessário fazer uma revisão sobre a história e a presença do movimento modernista no estado e nas regiões brasileiras, onde ocorreu o fim da questão da brasilidade, por causa dos conflitos modernizadores. Um exemplo merecedor de destaque nesta figura é Luís da Câmara Cascudo, devido à sua participação no movimento modernista e em suas obras.[220]



O estado também vem se destacando na literatura de cordel. Essa literatura é típica da Região Nordeste do Brasil, com metrificação, rimas, versos(curtos ou não), abrangendo diversos temas, como moralização e gozação. Devido a dificuldade em reunir fatos da literatura de cordel, foi inaugurada em Natal uma casa de cordel para dar espaço e divulgação à literatura potiguar. Nesse centro, sede da União dos Cordelistas do Rio Grande do Norte (UNICODERN), estão reunidas as obras mais variadas de poetas, músicos, escritores e jornalistas.[221]



No Rio Grande do Norte existem duas importantes instituições de música. A primeira é a Rede Potiguar de Música (RPM), criada em novembro de 2009 e com estreia em maio de 2010, tendo como principal objetivo proporcionar a integração da circulação de artistas dentro do estado, através da criação de mecanismos, além do mapeamento de profissionais espalhados pelo estado, incluindo músicos, jornalistas, produtores, entre outros.[222]



Além da Rede Potiguar de Música, destaca-se a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, criada por meio do decreto n° 6874 em março de 1976, por meio de uma iniciativa do secretário de educação e turismo na época, professor João Faustino, assinada pelo governador potiguar na época, Tarcísio Maia. Seu primeiro concerto foi realizado em 1977, tendo como primeiro regente Mário Câncio Justo dos Santos, maestro pernambucano, regente da orquestra por dez anos. Desde a sua fundação a orquestra evoluiu contando com a colaboração de inúmeros coordenadores.[223]

[editar] Turismo



Ver artigo principal: Turismo no Rio Grande do Norte


Ver artigo principal: Polos turísticos do Rio Grande do Norte








Fortaleza dos Reis Magos, em Natal, construída no final do século XVI.



O turismo é a segunda fonte de renda do estado, o maior de iniciativa própria,[224] responsável pelo principal papel que interfere no desenvolvimento no estado. Segundo dados da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte (SETUR-RN), a receita estimada em 2002 foi de US$ 216.131.752.[224]



O Rio Grande do Norte conta com diversos pontos turísticos, desde sítios arqueológicos, belezas naturais e polos de ecoturismo.[225] Segundo estatísticas, o estado é visitado por mais de dois milhões de turistas, vindos de outros lugares do estado, de outras regiões do Brasil e até mesmo do exterior.[225] Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta que o Rio Grande do Norte é campeão em investimentos estrangeiros no país, devido a alguns fatores, como a sua localização geográfica.[225] Só em 2002 o estado foi visitado por 1 423 886 turistas, número que dobrou para2 096 322 em estado, mais da metade brasileiros (1 750 882), com um aumento superior a 100%.[224][225] O governo criou condições e investiu bastante neste setor nos últimos anos, hoje possui 54 atividades, realizadas direta ou indiretamente, com a implantação de uma capitação dos profissionais e de uma infraestrutura. O turismo no Rio Grande do Norte foi divulgado no Brasil e no exterior, fazendo com que o número de voosinternacionais subisse de cinco em 2002 para mais de trinta nos dias atuais. O estado acolhe estrangeiros vindos principalmente de países europeus.[225]








Dromedários nas dunas de Genipabu, no município de Extremoz.



Nas regiões do Seridó, Médio Oeste e Alto Oeste Potiguar, já foram descobertos enterramentos (restos) humanos que viveram naquele lugar há mais de dez mil anos, muito antes da descoberta do continente. Em partes do estado e do Nordeste ocorreu o desenvolvimento de uma das mais ricas e expressivas artes rupestres conhecidas no mundo.[226]



Os pontos de visitação que merecem destaque são a Fortaleza dos Reis Magos, em Natal, ocupada entre 1633 e 1654 por holandeses, agora tombado como patrimônio histórico nacional; a Barreira do Inferno; o Centro de Turismo de Natal; Farol de Mãe Luíza; o Espaço Cultural Palácio Potengi, antiga sede do governo; o Memorial Câmara Cascudo; Antiga Catedral Metropolitana de Natal, entre outros, todas estes localizados na capital. As belezas naturais mais conhecidas no estado no país e no exterior são as Dunas de Genipabu, as praias (litoral); o Cajueiro do Pirangi (maior do mundo), localizado em Parnamirim; piscinas naturais do Pirangi e do Maracajaú; a Reserva Florestal da Mata Estrela e o Parque das Dunas, além de serras, falésias e lagoas.[227] Seus principais polos de ecoturismo são Natal, litoral sul, litoral norte/nordeste, serras localizadas a sul do território potiguar, Serra Branca (São Rafael), a região do Seridó e a Chapada do Apodi.[228] Na Chapada do Apodi, um exemplo de ponto turístico muito visitado é o Lajedo de Soledade, onde se encontram as maiores exposições de rochas calcárias do Rio Grande do Norte, que recebe mais de sete mil visitantes anualmente.[228] Natal, capital e município mais populoso do estado, é porta de entrada para o turismo no Rio Grande do Norte.[229] Mossoró, segundo município mais importante depois da capital, é um destino especialmente procurado.[230]

[editar] Feriados



No Rio Grande do Norte, há dois feriados estaduais. São eles o dia de São Pedro, em 29 de junho, e o dia 3 de outubro, que homenageia os mártires de Cunhaú e Uruaçu.[231] Este último foi sancionado pela governadora do estado na época, Wilma de Faria, em 6 de dezembro de 2006, declarado oficialmente em 2007, valendo para todos os municípios do estado, independentemente de quaisquer decretos realizados pelas prefeituras.











Estado do Rio Grande do Norte










(Bandeira)

(Brasão)



Hino: Hino do Rio Grande do Norte


Gentílico: Potiguar / Norte-rio-grandense









Localização





- Região

Nordeste


- Estados limítrofes

Paraíba e Ceará


- Mesorregiões

4


- Microrregiões

19


- Municípios

167


Capital

Natal


Governo

2011 a 2015


- Governador(a)

Rosalba Ciarlini (DEM)


- Vice-governador(a)

Robinson Faria (PMN)


- Deputados federais

8


- Deputados estaduais

24


- Senadores

Garibaldi Alves (PMDB)

José Agripino Maia (DEM)

Paulo Davim (PV)


Área


- Total

52 796,791 km² (22º) [1]


População

2009


- Estimativa

3 168 133 hab. (18º)[2]


- Densidade

60,01 hab./km² (10º)


Economia

2007


- PIB

R$22,926 bilhões (18º)


- PIB per capita

R$7 607 (20º)


Indicadores

2008[3]


- Esper. de vida

70,8 anos (19º)


- Mort. infantil

33,5‰ nasc. (23º)


- Analfabetismo

20,0% (24º)


- IDH (2005)

0,738 (21º) – médio[4]


Fuso horário

UTC-3


Clima

tropical BSh, As


Cód. ISO 3166-2

BR-RN


Site governamental

www.rn.gov.br













Fonte: Wikipédia